Eu tenho medos bobos e coragens absurdas. Eu vivo cercada de pessoas por fora da minha bolha egocêntrica, infantil e sensível. Eu vivo à espera daquele momento, mas não sei que momento é esse. Às vezes sinto cheiros e morro de saudades de coisas que já não me lembro mais. Passo metade do dia odiando minha vida e querendo ser sugada pela minha própria insignificância. A outra metade passo rindo do quanto sou dramática e exagerada. Adoro o toque do telefone que quebra o barulho do abandono, a força leve da caneta no papel que pode transformar tantas coisas e o som do carro chegando na chuva para me salvar. Eu adoro ouvir música bem alta. Às vezes, eu gosto apenas da folha em branco, do silêncio, da noite e da janela fechada. Acho tudo o que se refere ao amor extremamente brega. Acho tudo o que não se refere ao amor extremamente infeliz. Sou essa mala monotemática mesmo, chata e obsessiva, mas que ama muito mais do que odeia, apesar de odiar isso.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

"Me deixa nascer!"

Segundo turno está as portas e eu tenho que dizer que desde o processo de reabertura da democracia que eu não via uma eleição tão disputada e turbulenta. São tantos comentários, tantas estratégias, calúnias, golpes baixos, que o eleitor fica meio tonto e totalmente cético quanto aos programas de governo dos partidos.

É história de candidato satanista, macumbeiro, homossexual; Há tb os que fazem apologia as drogas e a um liberalismo sexual; Enfim estórias e histórias para todos os gostos.

Sou evangélica, tendo já alguns anos de conversão e assisto com muita tristeza as estratégias baixas que tem sido usadas para tentar manipular as mentes dos cristãos. “Email`s” e mensagens com informações sem fonte e sem embasamento tem sido propagados e quase todos direcionados ao público evangélico.

Desde o começo dessa polêmica disse e não me arrependo: “Procuro e vou votar em um governante, não em um líder espiritual”. Não deixo de votar em alguém que considero realmente capaz de governar a nação para acreditar em boatos disseminados por pessoas que se consideram mais espertas que os outros e que acham que o povo de Deus é “massa de manobra”!

Até aqui tudo bem, mas em meio a essa boataria algo realmente me incomodou: LEGALIZAÇÃO DO ABORTO! Muita coisa foi falada, mas quando se falou nessa possibilidade, ai senti que a coisa era mais séria, afinal de contas querendo ou não estamos falando de VIDA, essa palavrinha de quatro letras que cada dia temos tratado mais descuidadamente.

Sou contra o aborto, sou a favor da vida, a favor do direito a vida. Pra mim em qualquer parte da gestação, o aborto é uma prática criminosa injustificável, sobre qualquer pretexto. Em um embrião na quarta semana o coração já pode ser ouvido e na oitava semana já foi comprovado a existência do instinto de auto-defesa. Então não me venha com essa balela de que é apenas um óvulo fecundado. Há vida ali, e precisa ser respeitada.

E quer saber mais? Choca-me as formas de interromper uma gravidez , as mais repugnantes, tanto do ponto de vista religioso, quanto ético e social. Uma delas é o aborto por aspiração que é método mais comumente usado nas clínicas de aborto, consiste em esquartejar o feto ainda dentro do útero da mãe. Como qualquer outro ser humano ele sente dor e medo, um feto de pouco mais de um mês, ao ser perseguido por algum objeto introduzido no útero, tenta desesperadamente fugir, mas não tem escapatória. Seus movimentos e a aceleração de seu pulso são sinais não só de que está vivo, como também tem instinto de sobrevivência. Nesse método os médicos sugam o bebê e tudo que o envolve, despedaçando-o. Tal forma de assassinato só evidencia o alto grau de insensibilidade, pois seja quais forem as formas, o crime continua horrendo.


Diante disso os defensores da prática dizem que a proibição do aborto existe para castrar a liberdade sexual! Não vejo dessa forma, acho que toda forma de liberdade sexual envolve responsabilidade e conseqüências. Você optou por não se prevenir agora assuma as conseqüências de seu erro.

Acredito também que a liberação do aborto só vai incentivar o sexo sem proteção e responsabilidade, e assim vamos cada dia mais alimentando uma sociedade que se esquiva das conseqüências de seus atos.

Choca-me ver tantas pessoas defenderem o aborto, defenderam assassinos. Lembro-me de um professor que tive na faculdade que defendia com veemência o aborto e que quando se viu questionado sobre a pena de morte se mostrou totalmente contrário e estarrecido com a possibilidade. É esse paradoxo que nossa sociedade vive: Mostra-se escandalizada com a pena de morte para crimes hediondos (afinal ninguém pode tirar a vida de ninguém) e defende rasgadamente a legalização do aborto! Contraditório, não?

Pra mim é a mesma coisa, a única diferença é que no segundo caso as vítimas não podem clamar, não podem chorar, não tem representatividade, e por isso continuarão violentamente sendo assassinadas.

Precisamos pensar que “um abismo chama outro abismo!”: Sexo livre chama gravidez indesejada, que chama aborto. Muitas vezes e devido a procedimentos mal feitos o próximo capítulo é a consumação da morte dupla: Mãe e filho!

Com isso não defendo nenhum dos candidatos, nem sequer me decidi sobre a direção do meu voto, só quero com isso dizer que aborto não é algo tão simples como alguns querem pregar, e que é um tema que precisa ser debatido, esclarecido e esgotado. Precisamos ter coragem, união e garra para divulgar os valores éticos e morais. Temos sido covardes, negligentes e até mesmo omissos, preferindo ser “neutros” em relação a esse assunto. Tenha uma postura definitiva! Não se cale! Viva, oriente-se e divulge a vida.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O País dos chapéus

Nunca mais tinha escrito nada...é que não gosto de postar nada por obrigação, só escrevo sobre o que acho realmente relevante!
Então vamos lá...
Ano de eleição eu já manifestei minha opinião nas redes sociais, mas essa semana lembrei de um texto que lí já há algum tempo; é de Rubem Alves e considero muito pertinente à esse momento.
Deliciem-se...

O País dos chapeus

Vivia num país de céu cor de anil um rei que muito amava o seu povo. Queria que o seu povo fosse feliz. Mas o seu povo não era feliz. Não era feliz porque não era inteligente. A prova de que não era inteligente estava no fato de que aquele povo não sabia e não gostava de ler. O rei passava seus dias e noites pensando: “Que fazer para que meu povo seja inteligente?” E como ele não sabia o que fazer para que seu povo ficasse inteligente o rei ficou triste.

Viviam naquele país dois espertalhões por profissão chapeleiros. Ficaram sabendo das razões da tristeza do rei. E maquinaram um plano para ganhar dinheiro às custas da tristeza do rei. Dirigiram-se ao palácio e se anunciaram: “Fizemos doutoramentos no exterior sobre a arte de tornar o povo inteligente.” O rei ficou felicíssimo. “Por favor, expliquem-me essa ciência”, ele lhes disse. “Majestade, o que é que torna uma pessoa inteligente?” Com essa pergunta abriram um álbum de fotografias. “Veja essas fotografias. Estão aqui as pessoas mais inteligentes da história. Em primeiro lugar Merlin, o maior dos magos. Note que ele tem um chapéu de feiticeiro na cabeça”. Viraram a página e lá estavam as fotos dos doutores de Oxford e Harvard. Todos eles de chapéu na cabeça, pinduricalho pendurado ao lado. “Veja agora”, disseram eles ao virar mais uma página, “o maior general de todos os tempos, Napoleão Bonaparte. Sabe V. Excelência a razão por que ele perdeu a batalha de Waterloo? Um espião inglês infiltrado lhe roubou o chapéu. Sem chapéu ele não pode competir com Wellington, que usava chapéu. E veja agora os grandes gênios da humanidade: Sigmund Freud, Winston Churchill, Santos Dummont, todos com chapéus na cabeça. Os chapéus dão inteligência. Propomos, então, um programa nacional: “Chapéus para todos”! Por pura coincidência somos chapeleiros e teremos prazer em ajudá-lo na sua cruzada contra a burrice. Montaremos muitas fábricas de chapéus e muitas lojas de chapéus. Todos poderão usar chapéus desde que, é claro, o governo ofereça bolsas aos pobres deschapelados”. O rei ficou entusiasmadíssimo e lançou a campanha democrática “Chapéus para todos”. Os “outdoors” se encheram de “slogans”. “É preciso usar chapéu para se ter um bom emprego”. “Prepare-se para o mercado de trabalho: use um chapéu”. “Garanta um futuro para o seu filho: dê-lhe um chapéu!”. Os pais, que queriam que seus filhos fossem inteligentes, faziam os maiores sacrifícios para lhes comprar chapéus. Havia festas para a cerimônia da “entrega dos chapéus”. Perante um auditório lotado anunciava-se o nome do jovem, o público explodia em palmas, ele se dirigia á mesa dos enchapeuzados e lá lhe era colocado um chapéu na cabeça. Os pais diziam então, aliviados: “Cumprimos a nossa missão. Nosso filho tem um chapéu. Seu futuro está garantido. Podemos morrer em paz.”

A indústria chapeleira progrediu. Até as cidades mais pobres anunciavam com orgulho: “Também temos uma fábrica de chapéus...”

Agências internacionais, sabedoras da campanha “chapéus para todos”, trataram de medir os resultados dessa técnica pedagógica. Fizeram pesquisas para avaliar o efeito dos chapéus sobre os hábitos de leitura do povo. Mas resultado da pesquisa foi desapontador. O número de chapéus na cabeça não era proporcional ao número de livros lidos. O Rei ficou bravo. Mandou chamar os chapeleiros e pediu-lhes explicações. “Senhores, o povo continua burro. O povo não lê...” Os espertalhões não se apertaram. “Majestade, é que ainda não entramos na segunda fase do programa. Um chapéu não basta. É apenas preliminar. Sobre o chapéu preliminar as pessoas terão de usar um outro chapéu amarelo, um pós-chapéu. O rei acreditou. Tomou as providências para que todos pudessem ter pós-chapéus amarelos Daí pra frente quem só usava o chapéu preliminar não valia nada. Pra se conseguir um emprego era necessário se apresentar usando os dois chapéus: o preliminar e o pós, amarelo. Mas nem assim o povo aprendeu a ler. O resultado das pesquisas internacionais continuou o mesmo: o povo continuava a não gostar de ler. Aí os espertalhões explicaram ao rei que faltava o chapéu que realmente importava: o chapéu vermelho. Era preciso, então, usar o chapéu preliminar, sobre ele o pós amarelo, e sobre o pós amarelo o pós vermelho.

Aquele país ficou conhecido como o país dos chapéus. Todo mundo tinha chapéu, inclusive os pobres. Os resultados da última pesquisa internacional sobre os hábitos de leitura do povo do país dos enchapelados ainda não foram anunciados. Assim, ainda não se sabe sobre o efeito dos chapéus pós vermelho sobre os hábitos alimentares da inteligência do povo. Mas uma coisa já é bem sabida: de todos, os mais inteligentes são os chapeleiros...

PS: É o que eu penso da idéia de “universidade para todos”.


domingo, 27 de junho de 2010

Deus me dê coragem!


Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude. Me dê fé para crer que Tu estais a me ouvir. Faça com que eu seja a Tua amante humilde, entrelaçada a Ti em êxtase. Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o amor materno que nutre e embala. Faça com que eu tenha a coragem de Te amar, sem questionar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo, os Teus silêncios. Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.

Receba em teus braços meu pecado de pensar e questionar tanto.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Trecho de "O pequeno príncipe"


Quando a gente está triste demais gosta do pôr-do-sol...
- Um dia eu vi o sol se pôr quarenta e três vezes!
E um pouco mais tarde acrescentaste:
- Quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol...
- Estavas tão triste assim no dia dos quarenta e três?
Mas o principezinho não respondeu.

(Antoine de Saint-Exupery)


Às vezes parece que o planeta Terra poderia ser como o do pequeno... onde se pudesse ver o pôr do Sol quarenta e três vezes se preciso...

Quem nunca leu até diz que é livro de criança, de candidata a Miss e afins... mas eu que li afirmo: é perfeito. É simples, enquanto é de uma profundidade marcante.
Eu também nunca aprendi a desenhar carneiros, mas aprendi como é quando uma gibóia engole um elefante, aprendi a detestar aquela rosa egoísta e a admirar aquele serzinho miúdo. Queria o pequeno príncipe pra mim.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Tempo

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não

foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.'

O essencial faz a vida valer a pena.

domingo, 11 de abril de 2010

Odeio pessoas de gosto eclético

Já tenho observado há algum tempo: gente sem opinião sempre diz ter “gosto eclético”. Eu disse gosto? Que gosto?
Essa nova geração é um reflexo dos novos valores da sociedade atual - sem preconceitos, sem discriminação, ligada nas tendências de massa, prefere não criticar gostos alheios... Personalidade? Para que serve mesmo? Afinal, a vida é mesmo um moranguinho, não? Escolher alguma coisa pra gostar e conhecer: “Muita mão!”. O lance agora é gostar de tudo (sem conhecer nada). Depois que se escolhe por qual time se nutrirá um fanatismo doentio, nosso papel na vida já está garantido. O resto é efêmero: o que se adora hoje, amanha já não é tendência e, depois de amanhã, impossível lembrar até mesmo que existiu.
Sendo politicamente incorreta e totalmente fora dos padrões atuais de comportamento, aqui vai minha confissão: Sou preconceituosa, sim!
E para mostrar quanto é gigante o meu preconceito, ao invés de “chinelear” as minorias, vou me ater unicamente a criticar maiorias. Aí vai:
Odeio todas as vertentes musicais que terminam com a palavra “universitário” (essa é a maneira mais baixa que a mídia encontrou pra legitimar música ruim). Odeio "BBB". Odeio futebol e não torço pra time nenhum. Odeio o verbo “bombar” em todas suas conjugações, Odeio bandas de Forró. Odeio cantoras de axé. Meu ódio a pagodeiros mereceria outro texto inteiro (e talvez maior). Odeio catchup.

Odeio pessoas pegajosas que nem te conhecem direito já estão te abraçando. Ah, odeio gente que tenta salvar o mundo 24 horas por dia (verdadeiros “ecochatos”). Odeio os punks, góticos, hippies, nerds, metaleiros. (São a resistência ao irreversível, os anti-tudo da nova era). Odeio o surrealismo-do-bom-comportamento de Malhação. Aliás, odeio a Globo. Odeio festas que têm “folia” no nome. Odeio carnaval, é óbvio. Odeio meninas que se chamam de “miguxas”. Odeio gente repetitiva e por isso paro por aqui.

E para não ficar fora de moda, termino esse texto lançando uma nova frase-feita: “Ah, meu ódio é bem eclético...”

quinta-feira, 25 de março de 2010

Te amo!!!


Hoje é aniversário do meu esposo (Ivan), acho que o sexto aniversário que passo ao lado dessa pessoa tão maravilhosa e especial. E nesse dia queria conseguir de alguma forma demonstrar e definir o que sinto por ele. Sei lá, é umα coisα tão forte, um sentimento tão diferente e único! Não existem pαlαvrαs suficientes pαrα expressαr esse αmor! eu só quero fαze-lo feliz α cαdα diα que pαssα, quero te-lo ao meu lαdo, quero poder consolα-lo nαs horαs difíceis, e αbrαçα-lo α cαdα vitóriα! Estαr com ele é tudo que eu quero, ele é minhα pαz, minhα vidα! '

Querido, se você me perguntar por que te amo talvez eu não saiba responder, só sei que sinto uma enorme alegria quando estou ao seu lado como se eu não fosse precisar de mais nada estando em seus braços, aquele arrepio gostoso quando olho em seus olhos e digo: EU TE AMO!, Sinto seu cheiro ao dormir e acordar e quando não esta comigo peço a Deus todas as noites para poder sonhar com você. E mesmo quando brigamos não deixo de te amar, TE AMO demais e tenho certeza absoluta que o sentimento não irá acabar. Porque quando duas pessoas se amam nada nem ninguém pode atrapalhar e sinto quem bem velhinhos juntos ainda estaremos.

Por isso nesse dia tão especial desejo que a felicidade seqüestre você e que ninguém possa pagar o resgate!!! Só para você viver eternamente feliz!!!

Teee αmoo tαntoo meeu perfeitiinho!