Segundo turno está as portas e eu tenho que dizer que desde o processo de reabertura da democracia que eu não via uma eleição tão disputada e turbulenta. São tantos comentários, tantas estratégias, calúnias, golpes baixos, que o eleitor fica meio tonto e totalmente cético quanto aos programas de governo dos partidos.
É história de candidato satanista, macumbeiro, homossexual; Há tb os que fazem apologia as drogas e a um liberalismo sexual; Enfim estórias e histórias para todos os gostos.
Sou evangélica, tendo já alguns anos de conversão e assisto com muita tristeza as estratégias baixas que tem sido usadas para tentar manipular as mentes dos cristãos. “Email`s” e mensagens com informações sem fonte e sem embasamento tem sido propagados e quase todos direcionados ao público evangélico.
Desde o começo dessa polêmica disse e não me arrependo: “Procuro e vou votar em um governante, não em um líder espiritual”. Não deixo de votar em alguém que considero realmente capaz de governar a nação para acreditar em boatos disseminados por pessoas que se consideram mais espertas que os outros e que acham que o povo de Deus é “massa de manobra”!
Até aqui tudo bem, mas em meio a essa boataria algo realmente me incomodou: LEGALIZAÇÃO DO ABORTO! Muita coisa foi falada, mas quando se falou nessa possibilidade, ai senti que a coisa era mais séria, afinal de contas querendo ou não estamos falando de VIDA, essa palavrinha de quatro letras que cada dia temos tratado mais descuidadamente.
Sou contra o aborto, sou a favor da vida, a favor do direito a vida. Pra mim em qualquer parte da gestação, o aborto é uma prática criminosa injustificável, sobre qualquer pretexto. Em um embrião na quarta semana o coração já pode ser ouvido e na oitava semana já foi comprovado a existência do instinto de auto-defesa. Então não me venha com essa balela de que é apenas um óvulo fecundado. Há vida ali, e precisa ser respeitada.
E quer saber mais? Choca-me as formas de interromper uma gravidez , as mais repugnantes, tanto do ponto de vista religioso, quanto ético e social. Uma delas é o aborto por aspiração que é método mais comumente usado nas clínicas de aborto, consiste em esquartejar o feto ainda dentro do útero da mãe. Como qualquer outro ser humano ele sente dor e medo, um feto de pouco mais de um mês, ao ser perseguido por algum objeto introduzido no útero, tenta desesperadamente fugir, mas não tem escapatória. Seus movimentos e a aceleração de seu pulso são sinais não só de que está vivo, como também tem instinto de sobrevivência. Nesse método os médicos sugam o bebê e tudo que o envolve, despedaçando-o. Tal forma de assassinato só evidencia o alto grau de insensibilidade, pois seja quais forem as formas, o crime continua horrendo.
Diante disso os defensores da prática dizem que a proibição do aborto existe para castrar a liberdade sexual! Não vejo dessa forma, acho que toda forma de liberdade sexual envolve responsabilidade e conseqüências. Você optou por não se prevenir agora assuma as conseqüências de seu erro.
Acredito também que a liberação do aborto só vai incentivar o sexo sem proteção e responsabilidade, e assim vamos cada dia mais alimentando uma sociedade que se esquiva das conseqüências de seus atos.
Choca-me ver tantas pessoas defenderem o aborto, defenderam assassinos. Lembro-me de um professor que tive na faculdade que defendia com veemência o aborto e que quando se viu questionado sobre a pena de morte se mostrou totalmente contrário e estarrecido com a possibilidade. É esse paradoxo que nossa sociedade vive: Mostra-se escandalizada com a pena de morte para crimes hediondos (afinal ninguém pode tirar a vida de ninguém) e defende rasgadamente a legalização do aborto! Contraditório, não?
Pra mim é a mesma coisa, a única diferença é que no segundo caso as vítimas não podem clamar, não podem chorar, não tem representatividade, e por isso continuarão violentamente sendo assassinadas.
Precisamos pensar que “um abismo chama outro abismo!”: Sexo livre chama gravidez indesejada, que chama aborto. Muitas vezes e devido a procedimentos mal feitos o próximo capítulo é a consumação da morte dupla: Mãe e filho!
Com isso não defendo nenhum dos candidatos, nem sequer me decidi sobre a direção do meu voto, só quero com isso dizer que aborto não é algo tão simples como alguns querem pregar, e que é um tema que precisa ser debatido, esclarecido e esgotado. Precisamos ter coragem, união e garra para divulgar os valores éticos e morais. Temos sido covardes, negligentes e até mesmo omissos, preferindo ser “neutros” em relação a esse assunto. Tenha uma postura definitiva! Não se cale! Viva, oriente-se e divulge a vida.